sábado, 20 de março de 2010

Graças a Deus (literalmente)



E Deus fez o homem à sua imagem e semelhança (Gen 5,2)

Semelhança? Semelhante segundo o Dicionário Aurélio é algo parecido, próximo, similar, quase igual. Mas o homem, não se contentou em ser “quase” e no melhor estilo Doutor Abobrinha – Este castelo será meu (risada maléfica 3X) – Partiu na saga para conquistar a Onipotência, onipresença e onisciência.

Hoje pode se falar com quem está lá mesmo sem sair daqui. Sendo que opode ser o Acre e o daqui o Vale do Silício, ou a China. Se bem que ninguém consegue falar com a China.

Esta onipresença é possível graças ao telefone, ao rádio, a televisão, entre outros meios. Segundo o filósofo Marshall Mcluhan estes meios funcionam como extensões dos nossos 5 sentidos. O rádio e o telefone são as extensões da fala, por exemplo. A televisão e o cinema da fala e da visão, pois ocorreu uma inter-relação entre 2 meios. O que é conceituado por McLuhan como hibridização.

Todos esses meios servem como projetor do imaginário de quem os usa e também servem de suporte para que se possa difundir os mais diversos tipos de conteúdos que devem ter a forma modificada antes de serem veiculados, pois tem que se adequar às características de cada meio ou suporte, como disse o linguista russo Mikhail Bakhtin.

Muitas dessas extensões foram criadas e/ou aperfeiçoadas por causa da guerra, que é a extensão da estupidez humana. A 1° Guerra trouxe o rádio. A 2° guerra a televisão e o rádio desempenhou o seu papel no que Lucia Santaella denomina “Era da Cultura de Massa”, já que foi utilizado para difundir os ideais nazi-fascistas. A Guerra Fria por sua vez nos trouxe a Internet.

Qual será a extensão que vai surgir da Guerra do tráfico?

O caos da Guerra, uma dose de sorte e por ter inveja do todo poderoso, fez com que a humanidade evoluísse e criasse suas próprias criaturas, que nos embriagam com todas as facilidades que nos possibilita. Se é benéfico?

Diogo Francisco de Oliveira.

RA: 1969846

3 comentários:

  1. Adorei o link no final.

    O homem também imita Deus ao destruir os inimigos através de guerras e impor-lhes o medo. Mas isso é uma outra discussão.

    É lamentável que alguns avanços tecnológicos só ocorram devido ao advento da guerra. Agora a guerra é outra, é a guerra tecnológica, quem criará o próximo dispositivo móvel revolucionário? Tamanha é a rapidez com que evoluímos tecnologicamente que em breve não daremos mais o devido valor à essas invenções. Acho que devemos aproveitar mais tudo que nos é fornecido devido aos avanços tecnológicos.

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  2. heheh tiveram umas partes do seu texto que me fizeram rir.
    O pior é que se ao menos tentassemos "imitar" Deus para fazer o bem, ai vai, só que tudo que o homem inventou foi para deter o poder e o dinheiro!

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  3. Um professor de Filosofia na faculade me dizia que "no Ocidente o Diabo venceu a guerra, mas espalhou que foi Deus..."
    Adoro a sua noção de guerra: extensão da estupidez humana. O princípio de Tanatus já deveria ter arrefecido com tanto progresso tecnológico.

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