sexta-feira, 12 de março de 2010

Hipertexto: Melhor em sonho ou na realidade?

Já no sec. XIX o hipertexto começou a ser esboçado. O poeta Mallarmé sonhava em criar um livro em permanente mutação, um livro onde poesias e palavras se formavam e reformavam a todo o momento.

Le Livre a Venir, como é chamado, se tornou realidade com o advento do computador. Hoje, em pleno século XXI, “Le Livre”ou melhor, dizendo, o hipertexto, faz parte de nosso dia a dia. Mas será que esse sonho ajudou ao se tornar realidade?

Quando entramos em um website, um portal de internet de um grande jornal, por exemplo, nos deparamos com várias fotos e links de noticias diversas. Quando selecionamos um link, nele próprio surgirão diversos outros links e fotos e assim sucessivamente. Entramos para ver uma noticia e acabamos vendo outras mil. A informação nunca acaba.

Estamos assim rotineiramente concretizando a tão sonhada idéia de Mallarmé.

Porem, com o hiper texto veio o hiper sobrecarregamento de informações.
É muito comum acabar se perdendo naquilo que era seu objetivo principal, começar a fazer e ler várias coisas ao mesmo tempo e acabar não conseguindo realizar nenhuma direito, ou até mesmo esquecer o que era para ser feito.

Antigamente, se precisávamos saber algo, procuramos tal livro, se precisasse saber um pouco mais, outro livro e pronto, trabalho feito. Hoje, os sites especializados em qualquer assunto são abundantes e nem sempre confiáveis.

É verdade que muitas vezes tal abundância ajuda, mas a questão em foco é que acabamos com isso nos sobrecarregando.

O sonho de outrora se tornou realidade, porem um HIPER realidade, um pouco maior do que estávamos preparados para aguentar.


Por Bianca Corelli - RA 1935372

Um comentário:

  1. A grande questão aqui é que reclamamos do excesso de informação que nos é fornecida. Parece mentira, mas é exatamente o que fazemos, talvez porque ainda não conseguimos administrar tal conteúdo gigantesco. Fomos levados a crer que o ideal seria uma forma de disseminação da informação menor ou talvez melhor organizada. Cabe ao homem contemporâneo adaptar-se a este excesso de hoje. O mundo não muda para o homem, o homem deve mudar para o mundo. Imaginemos Leonardo da Vinci ressuscitado ou Santos Dumont ganhando vida no século XXI, será que eles reclamariam? Ou se adaptariam? Daí a chave, como organizar, reter e filtrar o que nos interessa para não nos atrapalharmos com o excesso e acabar ficando com nada? Talvez até o fim do curso saibamos como fazê-lo para que, como futuros comunicadores, possamos aplicar as habilidades que serão adquiridas.

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