terça-feira, 23 de março de 2010

A tecnologia e a arte.

Com a popularização da internet, quase todas as coisas que conhecemos migraram para o digital, e a arte não foi uma exceção.
Se os meios de comunicação são extensões de todos os nossos sentidos, a internet pode ser considerada também uma extensão de nosso intelecto.
Com ela, podemos conhecer todo o acervo do museu do Louvre, do MASP e de tantos outros museus, assim como pesquisar sobre a história da arte e desses locais e alcançar uma proximidade com coisas que, há poucos anos atrás, pareciam inacessíveis para aqueles que não possuem condições de visitar tais locais (devido a distancia, falta de tempo ou uma renda insuficiente para tal).
A internet também oferece acesso à música, literatura e facilita o conhecimento de diferentes culturas.
Se por um lado isto é bom, por outro cria-se uma discussão se o uso da tecnologia tanto para o acesso a acervos como para a produção de arte, limita o imaginário do artista e o conduz a uma tarefa “robotizada”, assim como inibe as pessoas a experimentarem outros sentidos, não só o olhar.
No texto a Maquina e o Imaginário, questiona-se sobre o aproveitamento que fazemos deste acesso e coloca o leitor a ponderar se existe uma submissão aos recursos digitais, tanto por parte do artista como do observador e se deixamos de captar elementos importantes que não podem ser adquiridos somente com o contato pelo mundo virtual.
Com isto, a única coisa que permanece certa, é que a arte tem se integrado cada vez mais com as tecnologias digitais, e que estas, como já falou McLuhan, vão recriar o seu criador, tal como suas formas de expressão.

Por: Katherin Avancini
R.A. 1906216

3 comentários:

  1. Acredito que isto acontece por que tudo hoje em dia precisa estar na mídia digital (internet) para realmente existir. Portanto não só a arte como tudo e qualquer coisa que exista no mundo irá passar por um processo de digitalização. Só espero que encontrar um Monet, ou ter acesso á bola do gol 1000 de pelé na internet não destruia a essência de visitar pessoalmente estes lugares.

    Belo texto Kath.

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  2. Pelo fato do ser humano ser uma espécie totalmente emocional, a internet nunca substituirá o prazer de tocar, ver, sentir, cheirar, conhecer, etc.
    Podemos até ter uma noção de como é, mas nunca a real sensação de estar lá.
    Também gostei do texto.

    Vannessa Turkiewicz

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  3. A arte sempre dependeu das extensões para existir. A internet hoje amplia a questão quando além de auxiliar a existência da arte dá a ela novas maneiras de distribuição e exibição.
    Nada substitui a experiência pessoal e ao vivo, mas não esqueçam que uma experiência midiatizada é também uma experiência: forma repertório e contribui na construção da inteligência coletiva.

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